quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Inside Job...

Mais um dia começa, ele se levanta e procura pelos seus bonequinhos de papel, suas únicas companhias. Encontra um em cada canto do quarto, recolhe-os do chão, de cima da cômoda, do baú de brinquedos, de debaixo da cama e os coloca em posição de festa para brincar. Ele tinha outros bonequinhos de papel que fizera antes destes, uns se perderam, outros ele rasgou acidentalmente, alguns queimou (não acidentalmente) e uns três ou quatro daqueles velhos bonequinhos (marcados com um sinal em giz de cera) permanecem ali. Uma vez ou outra aparecem uns que se perderam e depois voltam a sumir em meio à bagunça do quarto desarrumado.
À medida que brinca com seus novos bonequinhos de papel, que fez para não se sentir tão sozinho, eles se desgastam e vão perdendo a graça, sua forma se torna monótona até que fiquem disformes. Então ele começa a se cansar de brincar com muitos desses mesmos bonequinhos de papel, outros começam a irritá-lo por terem uma cor chata, uns são feitos de cartolina e são duros demais oq o deixa chateado, outros dos quais ele mais gostava já se perderam há algum tempo; assim vão desaparecendo um a um todos os seus bonequinhos de papel, até que restem apenas mais uns três ou quatro marcados com giz de cera...
Ele procura novamente por mais papel, papelão, cartolina ou qualquer material frágil e moldável e começa a fazer novos bonequinhos de papel...

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