Minha visão

Era pra ser só mais um fim de semana. Eu tenho sérios problemas com ansiedade. E cada vez que ia se aproximando o dia, meu estomago ia revirando de sei lá o quê. Enfim. Só sei que desde a hora em que eu encontrei a Ana no metrô Bresser até os momentos finais no jardim do meu prédio com a Isis, Aldren, André, Lúcia e Emi foram inesquecíveis. E ai foi que eu percebi que cada vez, a cada encontro, é diferente e melhor. Estar com pessoas que gostamos, que temos um carinho especial é muito bom e faz o tempo passar rápido. E quando eu vi o fim de semana tinha acabado. Quando fui levá-los ao portão senti uma dor no peito...Abraçei cada um. Eles foram andando, devagar, a Emi pegou um galho na rua e foi arrastando pelo chão e eu fiquei ali no portão, asistindo o grupo descer a rua e me perguntando se ainda os veria novamente, até que uma hora eles sumiram da minha visão. Todo o sono que eu acumulei no fim de semana foi embora quando eu me deitei. E no outro dia, voltando do trabalho, vi aquela calçada vazia, entrei no prédio e quando olhei pro meu lado direito, apenas vi as primeiras folhas do outono no banco do jardim. Sem amigos sentados nele.